quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Um mês de Ronda Cidadã

Completado um mês de atuação do "Ronda Cidadã", em nossa comunidade, faz-se necessário uma avaliação não só por parte dos órgãos governamentais envolvidos, mas também por nós comunidade que fomos chamados a participar de todo o processo em seus diversos eixos.
Dentro do eixo autoridade, é notório em nosso bairro a presença ostensiva da polícia, através dos seus diversos aparatos. No entanto o que devemos avaliar é a prestação de serviço. O questionamento a ser feito é: a forma de abordagem e atendimento dessa polícia se tornou cidadã? O esforço é grande, mas ainda não. Fato que é exposto nas diversas reuniões de avaliação do programa, ocorridas todas às segundas-feiras à tarde.
Quando a polícia aborda os cidadãos, segundo relatos colhidos com os moradores, ainda é de forma já criminalizada, sem um trato humanizado e acolhedor que esta espécie de policiamento comunitário deve ter, pois sabemos que uma atitude positiva é de fundamental importância para o sucesso desse tipo de ação.
Com relação  a diminuição dos índices de criminalidade no bairro, não somos ingênuos de supor que em apenas um mês de atuação do Ronda isso já seria visível. O que se percebe é uma maior "sensação" de segurança por parte dos moradores, que veem na presença constante da polícia algo bom e necessário. Mas dentro de uns três meses, se o programa perseverar, esperamos poder ter dados concretos dessa diminuição.
Já no eixo prevenção, observamos um certo esforço das diversas secretarias envolvidas, Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (SETHAS), Secretaria de Estado de Juventude (SEJURN), Secretaria de Estado de Políticas Públicas para as Mulheres (SPPM), Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC),Fundação José Augusto e também das polícias, em levar à frente ações sociais e culturais que foram percebidas em diversos pontos da comunidade ao longo deste mês.
Um dos grandes desafios desse eixo, sem dúvida, é colocar a educação estadual do bairro de Mãe Luiza  nos eixos. Uma vez que, nos diversos encontros de discussão, as diretoras dessas instituições deixaram claro os muitos problemas desde a falta de estrutura física, como de pessoal e corpo docente, para atender os nossos jovens e crianças.
A avaliação final é que o programa ainda está aprendendo a atuar. Como projeto piloto, é alternando entre erros e acertos, e procurando evoluir dentro do processo de discussão com a comunidade - que até agora se mantêm - que a ação poderá ter êxito e levar para as demais partes do estado um novo conceito de cidadania.